Foto: Clarildo Menezes
Iniciativa da Prefeitura de Maricá oferece alimento, orientação e reconhecimento para quem começa a jornada de trabalho bem cedo
Enquanto muitos ainda dormem, centenas de moradores de Maricá já estão nas ruas, enfrentando longas jornadas em busca do sustento. Pensando nesse público que começa o dia cedo e, muitas vezes, sem sequer tomar café, a Prefeitura de Maricá deu início, nesta segunda-feira (16/06), ao projeto “Café da Trabalhadora e do Trabalhador”, em Inoã.
A ação, promovida pela Secretaria de Trabalho e Emprego, vai funcionar de segunda a sexta-feira, das 5h30 às 9h, na passarela do bairro. O local foi escolhido estrategicamente por ser passagem comum de quem pega transporte rumo a outras cidades ou regiões de Maricá. Ali, trabalhadores encontram um café da manhã simples, mas acolhedor: pão com manteiga, fruta e café com leite — tudo servido gratuitamente, com cuidado e respeito.
Além do alimento, o projeto também leva informação. Equipes da Prefeitura estão no local para orientar sobre cursos de capacitação, acesso a serviços públicos e oportunidades de emprego, criando um elo direto entre o poder público e quem faz a cidade funcionar todos os dias.
Presente na inauguração da ação, o prefeito Washington Quaquá conversou com os moradores e destacou o simbolismo do projeto: “A gente precisa olhar para o trabalhador como alguém que constrói a cidade todos os dias. O mínimo que podemos oferecer é esse cuidado, esse gesto de valorização”.
A secretária municipal de Trabalho e Emprego, Rosana Horta, reforçou esse compromisso de aproximação: “Nosso objetivo com o Café da Trabalhadora e do Trabalhador é estar lado a lado com quem acorda cedo para garantir o pão de cada dia. É também uma forma de escutar, entender e agir pelas necessidades dessa população”.
Entre os que passaram pelo café, o ajudante de obras José Souza, de 42 anos, morador de Santa Paula, não poupou elogios — especialmente à manteiga. “É uma coisa simples, mas pra gente faz diferença. E a manteiga é das boas!”, brincou, enquanto terminava seu lanche antes de seguir para o trabalho.
Já Maria Santos, cuidadora de idosos, destacou o sentimento de reconhecimento: “Às vezes, a gente sente que ninguém enxerga o que passamos. Um café assim, logo cedo, é como um abraço. A gente se sente lembrada”.
A ação deve continuar pelos próximos meses, com possibilidade de ser ampliada para outros pontos da cidade. Mais do que café e pão, o projeto oferece atenção, respeito e um olhar mais humano para quem sustenta Maricá com o próprio esforço.
Fotos: Clarildo Menezes


