Em uma operação realizada nesta terça-feira, o Patrulhamento Tático Móvel (PATAMO) da Guarda Municipal de Maricá efetuou a detenção de dois cidadãos colombianos suspeitos de praticar agiotagem no bairro de Guaratiba. A ação ocorreu após denúncias de moradores locais sobre a atuação de estrangeiros que estariam oferecendo empréstimos com juros abusivos na região.
Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública de Maricá, os suspeitos abordavam principalmente pequenos comerciantes e pessoas em situação de vulnerabilidade financeira, oferecendo empréstimos rápidos sem burocracias bancárias. No entanto, as taxas de juros aplicadas chegavam a 30% ao mês, caracterizando a prática de agiotagem, crime previsto na Lei de Economia Popular.
Durante a abordagem, os agentes do PATAMO encontraram com os suspeitos cadernos de anotações contendo nomes de dezenas de moradores do bairro, valores emprestados e datas de pagamento. Também foram apreendidos aproximadamente R$ 8.500 em espécie, que seriam utilizados para novos empréstimos ou provenientes de cobranças realizadas no dia.
O Delegado Ricardo Alves, responsável pelo caso, informou que há relatos de ameaças e cobranças violentas contra pessoas que atrasavam os pagamentos. “Estamos investigando se os detidos possuem ligação com grupos criminosos organizados que utilizam a prática de agiotagem como forma de lavagem de dinheiro e expansão territorial”, declarou o delegado.
Os suspeitos foram encaminhados à 82ª Delegacia de Polícia (Maricá), onde foram autuados por prática de agiotagem e associação criminosa. A polícia segue investigando o caso e não descarta a possibilidade de novas prisões relacionadas ao esquema.
A Secretaria de Segurança Pública orienta a população a denunciar casos semelhantes através do Disque-Denúncia ou diretamente nas delegacias do município. As autoridades ressaltam que, além de ilegal, recorrer a agiotas coloca os cidadãos em situação de risco e vulnerabilidade perante organizações criminosas.
A Prefeitura de Maricá também informou que está intensificando as campanhas de educação financeira e divulgando informações sobre linhas de crédito legais disponíveis para microempreendedores e pessoas físicas, como forma de prevenir que os cidadãos recorram a empréstimos ilegais.
