Foto Divulgação
No dia 1º de maio, enquanto o país homenageava o trabalhador brasileiro, Maricá teve mais um motivo para comemorar: os cinco anos de funcionamento do Hospital Municipal Dr. Ernesto Che Guevara. Inaugurada em um dos momentos mais difíceis da história recente — o auge da pandemia de Covid-19 — a unidade se tornou símbolo de resistência, dedicação e cuidado com a vida.
Desde sua abertura, o hospital passou por uma impressionante transformação. Inicialmente voltado para o enfrentamento da Covid-19, salvando milhares de vidas em meio ao caos da emergência sanitária, hoje o Che Guevara se firma como um dos principais centros de atendimento cirúrgico e de trauma do município. Em apenas cinco anos, a unidade realizou mais de 37 mil cirurgias, além de ultrapassar 68 mil atendimentos ambulatoriais e 40 mil assistências em casos de trauma referenciado.
Segundo o secretário municipal de Saúde, Dr. Marcelo Velho, o hospital carrega não só um passado de heroísmo, mas também um futuro promissor. “Ele nasceu em um cenário de urgência, mas se adaptou, evoluiu e hoje se consolida como uma unidade de ponta. Investimos continuamente para ampliar seus serviços e qualificar ainda mais o atendimento”, afirmou.
Tecnologia e equipe especializada: a base do novo Che Guevara
Um dos grandes destaques da unidade é seu moderno centro de imagens, responsável por mais de 40 mil exames só no primeiro trimestre de 2024, incluindo tomografias, ultrassonografias e raios-x. A estrutura tecnológica, aliada a uma equipe médica altamente capacitada, permite diagnósticos ágeis e precisos, essenciais para salvar vidas.
Ana Paula Silva, diretora-geral do hospital, reforça o compromisso com um atendimento cada vez mais humano e eficaz. “Nossa trajetória começou com o combate à pandemia e hoje seguimos firmes oferecendo cirurgias, tratamentos especializados e acolhimento. O Che Guevara é, acima de tudo, um lugar de cuidado”, pontuou.
Atendimento com responsabilidade e foco regulado
É importante lembrar que o hospital não realiza atendimentos por demanda espontânea. Ou seja, os pacientes só são recebidos mediante encaminhamento da Central de Regulação do município, ou por meios de transporte como ambulâncias e helicópteros. Para situações de urgência por livre procura, a população deve recorrer ao Hospital Conde Modesto Leal (Centro), à UPA de Inoã ou à UPAM de Itaipuaçu.
Novos serviços: da bariátrica ao tratamento de câncer de pele
Nos últimos anos, o Hospital Che Guevara expandiu sua gama de especialidades, contemplando diferentes necessidades da população. Um exemplo é o serviço de prevenção e tratamento do câncer de pele, voltado para moradores e trabalhadores da gestão municipal expostos ao sol. O foco é o diagnóstico precoce e tratamento eficaz.
Outro marco foi o início das cirurgias bariátricas em março deste ano. Direcionadas a pacientes com obesidade mórbida, as intervenções seguem os critérios de prioridade do SUS, garantindo equidade e segurança no processo. A medida representa um alívio para quem enfrenta longas esperas e convive com doenças associadas, como diabetes e hipertensão.
Além disso, a unidade também oferece serviços de traumato-ortopedia de alta complexidade, clínica da dor e um Centro de Terapia Intensiva (CTI) pediátrico. E vem mais por aí: estão em fase de planejamento novos serviços como hemodiálise, hemodinâmica e um centro coronariano, que devem ampliar ainda mais a capacidade de atendimento da unidade.
Um aniversário com cuidado e bem-estar
Para marcar o aniversário de cinco anos, o hospital preparou uma programação especial voltada aos colaboradores, pacientes e acompanhantes. A celebração incluiu práticas de yoga, meditação, aromaterapia, biodanza e apresentações culturais. Também foram oferecidas sessões de massoterapia, reiki e a técnica de Barra de Access, focada no bem-estar emocional e mental.
A proposta foi simples, mas poderosa: oferecer momentos de pausa, cuidado e conexão — valores que refletem o espírito da unidade desde sua inauguração.
Conclusão
O Hospital Municipal Dr. Ernesto Che Guevara é hoje muito mais que um equipamento de saúde. É um marco de transformação, evolução e cuidado com a vida. Em cinco anos, a unidade não apenas resistiu aos desafios mais difíceis, como também se reinventou, se especializou e hoje representa um novo capítulo na história da saúde pública de Maricá.


